Lojistas goianienses acreditam em ano mais favorável aos negócios

 

Lojistas goianienses acreditam em ano mais favorável aos negócios, segundo pesquisa encomendada pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Goiânia (CDL) e divulgada ontem. Boas perspectivas são apontadas por 78,1% dos empresários e o principal motivo são ações políticas e econômicas do governo federal, que para os entrevistados trazem otimismo aos negócios.

Um sentimento semelhante existia no mercado em 2019. Mas as expectativas foram apenas parcialmente atingidas, segundo 50,6% dos entrevistados. O presidente da CDL Goiânia, Geovar Pereira, explica que pelo desempenho abaixo do esperado no ano passado é que 2020 começa com maior otimismo. Reformas realizadas, como a da previdência, e as que ainda estão por vir, para ele, trazem o cenário de maior expectativa.

Nesse ambiente, há tendência de investir mais. Conforme a pesquisa, a maioria dos empresários (49,7%) pretende ampliar a presença em redes sociais, há foco em capacitação de colaboradores (44,8%), ações de pós-venda (42,9%) e desenvolvimento de produtos ou serviços (39,5%). “Havia medo de investir por não saber se haveria resposta. Com o consumidor também mais otimista, ampliam lojas, equipe”, diz Geovar.

O presidente da CDL destaca que investimentos, o que inclui a criação de e-commerce (25,8%) e maior publicidade (31,9%), respondem também à mudança de comportamento dos clientes, que mais conectados têm maior acesso à informação. “Quem não estiver preparado, vai perder mercado.” O que pode frustrar as expectativas, de acordo com ele, podem ser os efeitos do coronavírus, que impõe riscos para economia global.

O consultor de varejo Geraldo Rocha defende que a tendência positiva vem de um final de ano que superou expectativas nas vendas no comércio. Da retomada da área da construção civil aos projetos de privatização, ele pontua que tende a ter bons reflexos para o varejo. “Quando a economia retoma, é o primeiro setor que sente. Quando retrai, também, porque as pessoas param de comprar.”

Entre os desafios, Geraldo acredita que o desemprego ainda em alta é fator que dificulta. “Todo mundo está com expectativa, a economia vive de expectativas, mas pode ter reviravoltas.” Ainda assim, ele aposta num primeiro trimestre de crescimento. “O empresário que não colocar dinheiro agora, pode perder o bonde”, pontua sobre a tendência de ampliação d os investimentos pelos lojistas. 

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Outro ponto que preocupa é que o número de feriados nacionais causará perdas ao comércio. Conforme estudo feito pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), prejuízo será de R$ 680 milhões em Goiás e de R$ 19,6 bilhões no País. O que é 12% superior ao registrado em 2019 (R$ 17,4 bilhões). Tudo por conta da maior quantidade de feriados que caem em dias úteis. O Estado é um dos que mais sofrem por não ter turismo forte.

 

Fonte: O Popular

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