13º salário injeta R$ 5,6 bi na economia

 

O pagamento do 13º salário aos trabalhadores do mercado formal dos setores público e privado e aos aposentados e pensionistas do INSS deve injetar cerca de R$ 5,6 bilhões na economia goiana até o fim de 2019. A chegada deste recurso extra é sempre muito aguardada pelos consumidores e lojistas, já que uma parte costuma ser destinada ao pagamento de dívidas e à compra de presentes e outros produtos para as festividades de final de ano. O comércio está otimista para este Natal e prevê que uma parcela maior de recursos pode ser destinada às compras.

O levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) indica que o valor médio do 13º destinado a 2,3 milhões de pessoas em Goiás será de R$ 2.703,32. O montante pago no Estado equivale a cerca de 2,6% do total nacional, estimado em R$ 214,6 bilhões, e a 29,2% de todo abono pago no Centro-Oeste. Segundo o Dieese, em Goiás, os empregados celetistas ou estatutários ficarão com 71,2% do total, enquanto os aposentados e pensionistas levarão 28,8% do abono.

Assim como os 81 milhões de brasileiros que serão beneficiados em todo País, a vendedora Adriely Silva das Dores já aguarda ansiosa a chegada de seu 13º salário. Ela conta que pretende usar cerca de 20% para pagar algumas dívidas e o restante irá para a compra de alguns presentes de Natal e para uma viagem de férias. “É um dinheiro que ajuda a colocar a vida em dia e a sair da rotina, com a compra de presentes e viagens”, avalia.

Os lojistas estão otimistas em relação às vendas de fim de ano, que já tiveram um crescimento natural com a melhora da economia, segundo o presidente do Sindicato do Comércio Varejista no Estado de Goiás (Sindilojas-GO), Eduardo Gomes. Para ele, a chegada do abono deve impactar ainda mais o comércio com o pagamento de contas e novas compras, junto com o impulso da Black Friday, que acontece na última sexta-feira deste mês. “Em Goiânia, o consumidor precisa apoiar as lojas de rua que enfrentam restrições devido aos bloqueios provocados por obras”, alerta.

 

Dificuldade

A superintendente executiva da CDL Goiânia, Dina Marta Correia, lembra que muitos consumidores tiveram dificuldade para pagar contas e comprar presentes durante os anos de crise, o que resultou em aumento da inadimplência. Mas este consumidor também aprendeu com a dificuldade e, agora, quer quitar as dívidas para limpar seu nome e voltar a comprar.

“Os inadimplentes hoje mostram muita vontade de acertar suas contas com a primeira parcela do 13º e as empresas estão muito abertas à negociação”, afirma Dina. Segundo ela, a expectativa é de um último trimestre melhor que nos anos anteriores, mesmo com o crescimento econômico abaixo do esperado e o desemprego e a informalidade elevados, pois as pessoas estão em busca de novas experiências de consumo e de mais qualidade de vida.

A primeira parcela do abono deve ser paga até o próximo dia 30 de novembro e a segunda até 20 de dezembro. O auditor contábil e consultor financeiro Cássius Pimenta Rodrigues alerta que a prioridade deve ser o pagamento de dívidas, principalmente aquelas com juros mais altos, como cartão de crédito e cheque especial, para evitar que elas entrem em 2020. “É bom lembrar que, no início do ano, chegam muitas contas extras, como matrículas, materiais escolares e IPTU”, lembra. Segundo ele, uma parte pode ser usada nas festividades de fim de ano, mas com muita parcimônia e sabedoria.

Fonte: O Popular

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