A internet móvel de quinta geração (5G) já tem data para começar a ser ativada em Goiânia. De acordo com o conselheiro da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) Moisés Queiroz Moreira, a ação ocorrerá na próxima terça-feira, dia 16 de agosto. Na mesma data, Salvador e Curtitiba também recebrão a nova tecnologia.
Moreira informou que começam nesta terça-feira (9) os testes para averiguar eventuais interferências no sinal nessas capitais. Com tudo certo, a liberação da faixa para ativação do 5G será formalizada na reunião de sexta-feira (12) do Grupo de Acompanhamento da Implantação das Soluções para os Problemas de Interferência na faixa de 3.625 a 3.700 MHz (Gaispi).
Cinco capitais já contam com a cobertura do 5G: Brasília, Belo Horizonte, Porto Alegre, João Pessoa e São Paulo. No começo, o sinal cobre apenas alguns bairros das cidades, e ainda é comum que existam várias áreas de sombra, isto é, onde o 5G não pega. Moreira disse que a previsão é que quase todas as capitais tenham a faixa liberada para ativação do 5G até o fim de agosto. Mas há exceções, ponderou, e pode ser necessário prorrogar o prazo por mais 60 dias.
Este seria o caso de Manaus e Belém. “Algumas cidades estão enfrentando mais dificuldades logísticas. Se fala muito em Manaus e Belém. Na reunião de sexta-feira, quero ter essas informações já levantadas. E, se for o caso, vou pedir ao conselho da Anatel a prorrogação do prazo”, explicou Moreira.
Chegada do 5G
Para usar o 5G não é preciso mudar o chip ou o plano de telefonia. As companhias têm oferecido acesso livre à nova tecnologia. Basta ter um aparelho compatível com o 5G e estar dentro da área de cobertura do novo sinal. Há no mercado 81 celulares aptos a captar o 5G, conforme lista homologada pela Anatel.
Os preços partem de aproximadamente R$ 1.500. Há, porém, uma diferença entre os aparelhos. Apenas 59 modelos são capazes de funcionar no padrão “5G puro sangue” (standalone, no jargão do mercado), que oferece os níveis mais altos de velocidade e mais baixos de latência.
Os outros 22 aparelhos funcionam no padrão non-standalone, com um desempenho inferior. A chegada do 5G promete uma velocidade de tráfego de dados até dez vezes maior à do 4G, associado a um tempo de resposta entre os dispositivos praticamente instantâneo. Muitas cidades já contam com o 5G DSS, que compartilha a mesma faixa que o 4G. Isso abriu espaço para um ganho de velocidade, mas ainda é bem abaixo do o 5G standalone que está sendo ativado agora.
Fonte: Agência Estado