A Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Goiânia preparou uma Mega Campanha de Recuperação de Crédito que vai abranger todo o comércio de Goiânia. Trata-se de uma campanha publicitária 100% subsidiada pela entidade, com divulgação do nome das empresas participantes por meio de jornais, folders, banners, portal e mídias em geral.
Até agora, mais de mil estabelecimentos confirmaram participação e se comprometeram a dar descontos reais aos consumidores inadimplentes. As negociações deverão ser feitas entre os dias 05 e 20 de dezembro.
Segundo explica o presidente da CDL Goiânia, Geovar Pereira, a intenção é estimular o inadimplente de boa-fé a procurar a loja ou instituição financeira para negociar e, consequentemente, quitar suas dívidas. Desta forma, o lojista recupera seu capital (total ou parcialmente) e o cliente volta a consumir. O representante da entidade lembra, ainda, que, para que a campanha termine com resultados positivos, é preciso que as empresas ofereçam descontos reais e condições favoráveis às negociações.
Inadimplência
O número de inadimplentes de Goiás caiu, segundo mostra dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). O índice caiu – 1,82% em outubro de 2016 em relação a outubro de 2015. O dado ficou abaixo da média nacional, que foi de 0,21%. Em outubro de 2016, o número de dívidas em atraso de moradores de Goiás caiu – 4,12% em relação a outubro de 2015. O dado ficou abaixo da média nacional, que foi de – 3,42%.
Utilização do 13º
Geovar Pereira salienta que este é mais um momento oportuno para recuperação de créditos, pois parte dos consumidores deve aproveitar o 13º para liquidar suas dívidas. Esses pagamentos vão impactar na redução da inadimplência e, consequentemente, no retorno do crescimento da economia.
Pesquisa do SPC Brasil e da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL), realizada em todas as capitais, mostra que cinco em cada dez brasileiros que recebem 13º (52,9%) utilizarão ao menos parte do valor para fazer as compras de Natal, sendo que 10,8% pretendem gastar todo o valor.
Entre os 27,0% que não pretendem utilizar a renda extra com presentes, o principal destino será economizar ou investir (26,6%), além de quitar dívidas para organizar a vida financeira (26,4%) e pagar impostos de início de ano, como IPTU e IPVA (11,4%).
De acordo com o educador financeiro do SPC Brasil e do portal “Meu Bolso Feliz”, José Vignoli, é importante refletir sobre o uso racional do 13º salário, por mais que seja tentador ceder aos apelos de consumo durante o Natal e as comemorações de Ano Novo. “Qual é a prioridade? Essa é a pergunta que a pessoa deve fazer. Quitar contas em atraso, por exemplo, deve vir antes de qualquer desejo de compra”, explica. Quem ainda assim decidir que o melhor é comprar presentes deve tomar algumas precauções, como optar pelo pagamento à vista, pesquisar preços e evitar ao máximo o endividamento.