No entanto, o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Goiás (Sindiposto), José Batista Neto, questiona se a Petrobras repassará, realmente, a elevação de impostos sobre a gasolina e o diesel.

 

“É um valor muito alto. Será que politicamente é possível fazer isso? A nossa expectativa é de que a Petrobras repasse pelo menos a metade, visto que em maio esses valores por litro serão divididos entre o PIS/Confins e a Cide. Resta-nos aguardar o dia 1º de fevereiro para obter essa resposta. Se o consumidor pagar 100% este repasse, o impacto para o setor será desastroso”, disse.

 

Para o diretor do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom), Alízio Vaz, a decisão poderá provocar uma corrida de encomendas dos postos de combustíveis às distribuidoras. “Os postos vão querer chegar no dia 1º com o tanque cheio para ampliar suas receitas”, avaliou.

 

O executivo do Sindicom afirmou ainda que o maior beneficiário das novas medidas é o etanol hidratado, que ganhará competitividade frente à gasolina. Há expectativa de aumento da mistura de etanol, que pode chegar a 27% nos próximos meses, gerando uma demanda adicional de 1,2 bilhões de litros.

 

Tanto é que ass usinas de açúcar e etanol do País receberam bem o anúncio feito pelo governo federal. “A notícia é boa para o setor. O impacto será positivo, se a Petrobras fizer o repasse dos impostos na gasolina, como já sinalizou”, afirmou Roberto Rodrigues, presidente do conselho da União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Única).