Goianos podem quitar até 2,1 mi de dívidas com saque do FGTS

Os trabalhadores goianos que pretendem utilizar os recursos do saque emergencial do FGTS podem aproveitar descontos para se livrar das dívidas. Goiás tem mais de 2,1 milhões de ofertas de dívidas que podem ser quitadas com o valor limite do saque, de até R$ 1 mil. 

Um levantamento do Instituto Opinion Box em parceria com a Serasa mostrou que 40% dos inadimplentes pretendem usar o saque emergencial do FGTS para limpar o nome. O levantamento, realizado entre 12 e 14 de abril, mostrou que 26% dos 1.679 usuários da Serasa pretendem utilizar o dinheiro liberado para pagar dívidas de cartão de crédito e que 26% pretendem colocar as contas básicas, como água, luz e gás, em dia.

Pelo menos 12% dos entrevistados afirmam que vão pagar dívidas contraídas em bancos e 8% pretendem quitar débitos feitos com familiares ou amigos. Apenas 13% afirmam que vão usar o FGTS para fazer compras em supermercados e 12% estão fazendo planos de investir a quantia a ser sacada.

A Serasa fez uma radiografia da disponibilidade de ofertas de dívidas com descontos especiais a partir da parceria que mantém com mais de 100 empresas de diferentes setores, como bancos, financeiras, securitizadoras, telefonia, varejo, universidades e outros.

Em Goiás, são mais de 2,1 milhões de ofertas disponíveis no Serasa Limpa Nome por até R$ 1 mil. Destas, mais de 1,8 milhão podem ser quitadas por até R$ 500 e mais de 763 mil por até R$ 100.

Para ver as ofertas disponíveis em seu CPF, o consumidor não precisa estar negativado. Basta acessar os canais digitais da Serasa e consultar as oportunidades de renegociação com descontos e as opções de parcelamento.

O economista e mestre em Finanças Marcus Antônio Teodoro alerta que é preciso inteligência e cautela para utilizar bem este recurso extra. A primeira orientação é pagar dívidas com juros altos, como cartão de crédito, cheque especial ou antecipação de parcelas de empréstimos bancários. 

“Algumas propostas de negociação oferecem descontos até no valor principal e vale a pena pegar o dinheiro para liquidar o problema”, diz.

Mas, segundo ele, mesmo quem não tem dívidas pode usar o dinheiro para, por exemplo, trocar um eletrodomésticos que esteja gastando muita energia elétrica, como uma geladeira. Algumas aplicações também podem ter remuneração superior à do FGTS, que rende hoje 3% ao ano mais a TR (Taxa Referencial). Um bom exemplo, segundo o economista, é o Tesouro Selic, que tem rendimento atrelado à taxa Selic, atualmente em 11,75% ao ano.

O saque do recurso só não é indicado para gastos supérfluos, como aquisição de bens de consumo não-duráveis. “É preciso lembrar que é um valor pequeno, mas que é difícil de acumular na conta do fundo”, destaca Marcus. 

“O que vale é o bom senso”, diz. “O dinheiro pode até ser empregado num passeio para lazer, desde que a pessoa esteja precisando disso até por uma questão de saúde.”

Fonte: O Popular

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