Na busca por acelerar a recuperação da economia brasileira, o governo Michel Temer estuda duas medidas. De acordo com a Folha de S. Paulo, uma delas é permitir o uso do FGTS para que trabalhadores quitem empréstimos com bancos.
A outra possibilidade em análise é a liberação dos depósitos compulsórios (recursos que os grandes bancos depositam obrigatoriamente no Banco Central) para refinanciar dívidas de pessoas jurídicas e físicas.
As duas propostas ainda dependem de um acerto final entre Temer e o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Além disso, a liberação do Fundo de Garantia precisa passar pelo Conselho Curador do FGTS, órgão com representantes de trabalhadores, empregados e governo.
A liberação de compulsório por meio de aplicação obrigatória em um tipo de crédito já foi usada no início da gestão Dilma Rousseff. Na época, os bancos podiam fazer empréstimos para compra de veículos e descontavam o valor emprestado do compulsório. A ideia, agora, seria destinar o dinheiro para pagar dívidas.
Segundo a Folha, equipe econômica e mercado acreditam que o elevado endividamento de empresas e consumidores provoca um travamento do mercado de crédito. Com isso, a expectativa inicial de que o governo de que o país voltaria a crescer no fim deste ano não deve se confirmar.
Pesquisa da Serasa Experian aponta que, em agosto, havia 59,3 milhões de inadimplentes no país, o que representa cerca de 40% da população acima de 18 anos.