A presidente Dilma Rousseff prepara um corte entre R$ 20 bilhões e R$ 25 bilhões nas despesas do governo como forma de evitar o agravamento da crise. O número final ainda passa por pequenos ajustes. É possível que haja uma nova reunião na manhã de hoje para calibrar a lista dos cortes.
A União venderá terrenos e imóveis, fará leilão de apartamentos funcionais, revisará contratos, diminuirá secretarias, diretorias e cargos comissionados e proporá ao Congresso a redução de despesas obrigatórias, como gastos com a Previdência e com o funcionalismo público.
A reforma ministerial, outra frente no esforço de Dilma para tentar debelar a crise, deve ficar apenas para a semana que vem. O Executivo promete eliminar dez pastas. Algumas delas, porém, apenas perderão seu status ministerial.
Nos últimos dias, empresários de diferentes ramos da economia cobraram que o Palácio do Planalto promovesse um corte adicional de despesas para reduzir o déficit de R$ 30,5 bilhões enviado por Dilma Rousseff ao Congresso em sua proposta orçamentária para 2016.
O rombo, somado à instabilidade política, fez com que o Brasil tivesse sua nota de crédito rebaixada pela agência de classificação de risco Standard & Poor’s, tirando o selo de bom pagador do país.
A pressão fez com que a área econômica estudasse soluções para tirar as contas do vermelho, buscando manter apoio entre setores empresariais.
Reunião
Terminou no início da noite de ontem a reunião da presidente Dilma com os ministros da Junta Orçamentária: Joaquim Levy (Fazenda), Nelson Barbosa (Planejamento), Aloizio Mercadante (Casa Civil). O encontro, que começou por volta das 15 horas, também contou com a participação dos secretários da Receita Federal, Jorge Rachid; do Tesouro Nacional, Marcelo Saintive; e do secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Tarcísio Godoy.
A presidente passou o final de semana em reuniões com seus ministros para discutir cortes no orçamento e medidas que possam reduzir a previsão de déficit orçamentário para 2016. No sábado, além dos ministros que integram a junta orçamentária, Dilma recebeu outros dez ministros e a orientação é para que façam um pente-fino nas despesas das Pastas para definir o que é possível ser cortado.
Fonte: Agência Estado