Comunicado no site da Govesa Administradora de Consórcio chamou atenção de consorciados nesta segunda-feira (20). Nele, a empresa lembra que o Banco Central decretou no dia 18 de novembro a liquidação extrajudicial da empresa e que agora os débitos estão sujeitos aos efeitos desse regime. Por isso, pagamentos de planos de consórcios e até de obrigações com prestadores de serviços estão suspensos.
A mensagem revela que, no estágio atual, é aguardado o levantamento da situação e até a data de divulgação não era possível prever o tempo necessário para a finalização do processo de liquidação extrajudicial. Por força de lei, os credores poderão ser convocados, por edital, a apresentarem declaração de crédito para inclusão no quadro geral de credores.
Já no caso do consorciado, quando já houve contemplação e registro de alienação, sem que tivesse ocorrido o pagamento efetivo, a empresa informou que uma solução ainda está em estudo. Dependeria, conforme a divulgação, de análises que devem verificar a situação do grupo de consórcio para que seja avaliada a possibilidade de finalizar a operação.
Outra saída sugerida para quem está nessa situação é o pedido de cancelamento de eventual registro imobiliário e mobiliário que, porventura, tenha sido realizado. Depois que ocorrer o levantamento contábil, se for apurado que há recursos suficientes, a informação é de que as operações dos grupos de consorciados poderiam voltar a ocorrer.
Mas, até nova orientação, a emissão de boletos e o pagamento do plano de consórcio está suspensa para os consorciados que ainda não foram contemplados ou não receberam os bens. Diferente do caso daqueles já contemplados, que devem manter as parcelas em dia sob pena de ter ônus contratuais e legais.
A reportagem entrou em contato com o liquidante extrajudicial, José Eduardo Victória, para mais informações sobre esse processo e o impacto do mesmo. Porém, até o fechamento desta matéria, não obteve retorno.
O mesmo ocorreu com o grupo paulista Vita Investments, que adquiriu a administradora de consórcios goiana em julho de 2018. Na época, como mostrou reportagem do POPULAR em novembro, o Consórcio Govesa possuía uma carteira ativa de R$ 280 milhões e 9 mil clientes.
Fonte: O Popular