Internet: Celular domina 89% de acessos


Em Goiás, os celulares superam em 3 milhões o número de pessoas. Com isso, não é difícil imaginar que a banda larga móvel cresce como opção para navegar na web. Dados divulgados ontem pela Associação Brasileira de Telecomunicações (Telebrasil) mostram que os acessos móveis representam 89,5% (6 milhões) das conexões – dos 6,7 milhões de acessos em banda larga, somente 690 mil são da fixa.

 

A marca foi atingida em fevereiro, quando o País passou a ter mais de 200 milhões de brasileiros conectados, segundo a instituição. A maior presença dos celulares inteligentes no Estado também foi constatada pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad 2013), divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), que mostra que o aparelho já era utilizado em 51,6% dos domicílios para conectar à internet em 2013.

 

No período considerado, 49,4% da população de 10 anos ou mais tinha acesso à web, porcentual semelhante ao do País. Porém, dois anos depois, é sabido que o crescimento se manteve e o celular é apontado como principal responsável por isso, já que vendas dispararam nos últimos anos (veja no quadro), mesmo com todas as queixas sobre as operadoras, que lideram reclamações nos órgãos de defesa do consumidor.

 

“Quando se fala em tecnologia as coisas acontecem muito rápido, por isso os números mostram o caminho que Goiás tomou nesse aspecto”, explica o chefe da Unidade Estadual do IBGE, Edson Roberto Vieira. Segundo ele, os incentivos que o governo deu para baratear os aparelhos ajudou a democratização do acesso. “Pessoas com renda relativamente baixa adquiriam celulares e grande maioria deles é smartphones.”

 

Planos mais acessíveis, promoções e possibilidade de parcelar a compra também são as justificativas para incremento da navegação via celular. De acordo com a Pnad, mais da metade (52,4%) das pessoas com renda de um a dois salários mínimos utilizaram a internet no período da pesquisa. Mas o meio preferido ainda é o microcomputador, que representava 88,5% em 2013 e, para especialistas, está mudanda.

Custo-benefício

 

A situação já é bem diferente na casa da estudante Izabela Cristine Gomes, de 25 anos, em que o notebook ficou de lado. “Não tenho mais paciência para computador e preciso ficar conectada o tempo todo.”

 

Para isso, ela dividiu em dez vezes a compra do último celular e teve de sacrificar passeios e até mudanças no guarda-roupa para manter-se com bom aparelho por pelo menos dois anos e pacote de dados à altura de suas necessidades. Tudo em nome dos estudos e do entretenimento.

 

Com renda familiar de mais de três salários mínimos, o vendedor autônomo Abdo Leandro de Oliveira, de 43 anos, juntou R$ 990 e pagou à vista pelo smartphone, que usa o tempo todo de pesquisas a redes sociais. “Já não dá para ficar sem de jeito nenhum.”

 

O que já não dá também, para ele, é ficar com aparelho que deixa na mão. Assim ele justifica o investimento maior para conseguir permanecer por mais tempo com o mesmo dispositivo e não perder em interação e conectividade.

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