Uma operação de combate a crimes de estelionato praticados pelo WhatsApp é realizada na manhã desta terça-feira (5) por equipes da Polícia Civil de Goiás e de São Paulo. No total, a estimativa é de mais de 2 mil vítimas, sendo 600 apenas em São Paulo. Além disso, 41 mandados de prisão foram expedidos. Até às 8 horas, segundo os investigadores, 25 suspeitos já haviam sido detidos apenas em Goiás. No total, 300 policiais participam da operação e o valor do prejuízo total das vítimas pode ultrapassar R$ 3 milhões.
Simultaneamente, a operação é realizada em oito cidades de quatro estados brasileiros: Goiás, Roraima, Pará e Minas Gerais. As investigações tiveram início em agosto de 2021, quando uma vítima de Presidente Prudente (SP), procurou a delegacia após um prejuízo de R$ 34.391,00. A partir daí, a polícia descobriu que não se tratava de um caso isolado e dezenas de vítimas foram sendo catalogadas pela mesma fraude. Após sete meses de investigação e cruzamento de informações, a polícia descobriu que a atuação predominante era feita em Goiás.
Como funciona o golpe?
Por meio de redes sociais, os suspeitos obtém a fotografia de uma vítima e utiliza em um ‘novo número’ do WhatsApp. Em seguida, entram em contato com familiares próximo, amigos, sócios e afins, informando sobre a falsa troca de número. O novo chip é cadastrado com a foto da vítima e a partir daí, eles pedem dinheiro alegando problemas nos aplicativos bancários. Parte dos contatados acaba realizando o pagamento e só depois descobrem terem sido vítimas de golpe.