Entre janeiro e junho deste ano, 67,9 mil lojas pelo País fecharam as portas, número que equivale a cerca de 375 unidades por dia. O ritmo supera em 143% o do primeiro semestre do ano passado, quando 27,8 mil unidades encerraram as atividades, confirme apontam números da Confederação Nacional do Comércio (CNC). Para quem deseja empreender ainda neste ano, o levantamento mostra quais segmentos do varejo estão fragilizados para o investidor neste momento econômico. Confira a seguir.
HIPERMERCADOS, SUPERMERCADOS E MERCEARIAS
Em reflexo da inflação de alimentos, o fechamento de lojas é maior no segmento de hipermercados e supermercados. No acumulado do ano, são 22,8 mil lojas a menos e a tendência de retração deve continuar até o fim de 2016.
BEBIDAS E FUMO
Junto os hipermercados, os negócios que envolvem venda de bebidas frias e fumo também sofreram o reflexo do aumento de impostos e na queda de vendas que foi, para o varejo de modo geral, de 9,5% entre janeiro e maio deste ano, pior resultado desde 2003.
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO
A movimentação da construção civil arrefeceu e a venda de materiais de construção sentiu fortemente o impacto da paralisia do setor. Desde o início do ano, as lojas de insumos para a construção encolheram em 7,2 mil unidades.
MÓVEIS E ELETRODOMÉSTICOS
Segmentos com escala e movimentação de vendas diretamente ligados ao crédito também foram afetados de forma contundente pela crise econômica. É o caso das lojas de móveis e eletrodomésticos, que tiveram uma retração de 12,1% no número de unidades no mercado.
COMÉRCIO AUTOMOTIVO
Com 10,8% de lojas a menos desde o início do ano, o comércio automotivo também reflete a paralisia da indústria do setor automobilístico. A tendência, neste caso, também é de que a queda se acentue nos próximos meses.
Fonte: Estadão.